Hmmmmmm... quantos séculos que não posto nada, hehehe. Confesso que senti falta, falta do desabafo, do colocar para fora.
Tantas coisas aconteceram ultimamente, grandes reviravoltas, pessoas indo e vindo e indo novamente, numa velocidade impressionável. Confusão, muita confusão, muitas dúvidas... de quem sou, para onde vou, de quem quero ser, o que quero para mim. E o mais importante, transformaçãoes internas, aquelas que fazem de nós outras pessoas. Sabe do que falo?
Bom, essa papo cabeça fica para outro momento. O que queria dizer, o que queria expressar aqui, é sobre um sentimento que carreguei por anos. Quase 8 para ser mais específico. Amei um rapaz, que quando nos conhecemos nos tornamos grandes amigos... e quando percebi estava amando-o. Não, ele nunca soube e eu resolvi me afastar dele e tudo que o envolvia, e pensei que esse sentimento acabara. Ledo engano, apenas adormecia, para num simples encontro, dentro de um ônibus, despertar com toda a força e vida que possuía antes.
Nossa, como esse retorno me machucou. Chorei por dias. Não podia ser verdade, não podia ser real. Nunca tive o contato amoroso, nunca nos tocamos como amantes, nunca aconteceu nada, como depois de anos sem se ver isso readquirira vida e voltava a me consumir?? Acho que como aconteceu não importa, apenas que estava lá (aqui), e por mais um tempo protelei revelar meus sentimentos. Passei a repensar minha vida, minhas experiênicas desse período em que tudo ficou adormecido, e percebi que sempre procurava esse garoto nos meus relacionamentos. Foi aí que meu mundo veio abaixo, percebi o quão preso estava a esse sentimento, inconsciente fiz coisas que machucaram outras pessoas e que agora também me machucavam. É terrível quando você descobre coisas sobre sí, que nem sequer imaginava existirem.
Enfim, enrolei por mais uns meses, até que numa bela noite e a partir dum belo pesadelo, eu resolvi contar tudo. Afinal, isso já se tornara fixação, não podia mais ser amor ou outro sentimento. Escrevi uma carta e pus nela todo meu sentimento. Quis que a carta, em seu conteúdo e beleza, expressasse a beleza e grandeza do meu sentimento. Antes de tudo bastante clara, num português coerente, coeso, ao menos tentei ser. E o resultado? Esse foi um pouco desastroso. A pessoa elogiou o texto, disse estar muito bem escrito e tal, até mesmo brincou que deveria ser escritor, jornalista, e não químico (curso que faço)... e foi essa "brincadeira" que tornou tudo um grande desastre. Até porque o restante da resposta era uma negativa, de não reciprocidade, o que eu já esperava. Contudo, o simples tratar como um texto bem escrito e que deveria seguir carreira de jornalista, soou-me como um escárnio aos meus sentimentos, como se tudo que tivesse escrito não passasse de uma alegoria.
Logo, é essa dor que venho expurgar aqui no blog... não foi hoje, nem ontem, esse acontecido, já tem um tempo... mas é uma coisa que machuca. Penso que assim como o sentimento durou mto tempo, acho que essa ferida (não digo aberta) ficará marcada por um bom tempo. Sabe, essa coisa de coração é complicada. Gostar, deixar de gostar... eu estava pronto p o não, até mesmo estava resoluto em esquecer, dando o último que faltava p me jogar de cabeça nessa decisão. Porém, feri-me nesse passo, e agora me jogo de cabeça, e me jogo ferido.
Não desejo nada de mau para a pessoa, do contrário, do fundo de meu coração, só desejo coisas boas, ótimas. Certamente ele merece ser mto feliz, apesar dos pesares, é uma pessoa mto boa, MAS eu não desejo mais encontrá-lo. Cada qual na sua vida, no seu caminho... ele disse que continuaria sendo meu amigo, se assim o quisesse, e antes de me declarar tinha medo q nem mais isso ele quisesse, porém, agora EU que não faço mais questão de manter a amizade.
Pois é, reviravolta! Essa que provocou tb mudanças no meu comportamento com outras amizades, com meu modo de ver as minhas relações.